domingo, 29 de abril de 2018

De onde sou...

Já cá estamos à quase dois meses. Sempre que me perguntam de onde sou e repondo Portugal, as pessaos dizem: Vasco da Gama.
Será que o Cristiano Ronaldoé o Vasco da Gama dos tempos modernos?

O transito parte 2

Como já tinha descrito, o transito por cá é uma confusão.
Tinhamos até dito que não ia tardar vermos um acidente.

Não só vimos um, mas estivemos num. Choque em cadeia de tuk tuks.
Ninguém se magoou, foi um susto pequenino. Ia-mos a cerca de 20km por hora.



domingo, 22 de abril de 2018

As plantações do chá

Temos sorte de poder visitar as montanhas das plantações do chá regularmente. O pai do Sam que é do Sri Lanka tem uma casa em Lindulla, chamado Oddington Bungalow.
Esta é sem duvida uma parte do mundo que deve ser visitada. Os pormenores conto depois. 

Mas a vida por cá não é fácil. As senhoras (maioritariamente) apanham folhas do chá quer chova ou faça sol, descalças. A regra é apanhar as duas folhas do topo e o botão, as mais tenras. Ao fim de apanharem 18Kg recebem cerca de 1.50euros. Imaginem este peso feito de duas folhinhas. As senhoras trazem um saco as costas, preso com uma fita a volta da testa para se segurar. 18kg presos pela cabeça, tudo por 1euros 50 cents.
 As senhoras a posar para a fotografia. Ficaram todas contentes quando lhes mostrei a foto.
As senhoras apanham chá em todo o terreno com qualquer inclinação.


Apenas as duas folhas e o botão. Kilos deles. 

Tradição Hindu

No fim de semana passado tivemos a oportunidade de assistir a uma celebração Hindu. Uma celebração ao Deus da Guerra. Ao chegarmos ao local, fomos logo muito bem recebidos pelos populares e levados para onde o inicio da celebração estava a acontecer. Eu não fui para muito perto, mas o Sam foi, tirou os sapatos e foi. Eu conseguia ver um lençol a ser segurado sobre um homem quem se encontrava deitado no chão. Ao se levantar, trazia uma agulha gigante que lhe perfurava as duas bochechas e trazia uma fatia de lima pendura numa das pontas. Na língua, trazia ao preso que se parecia com uma cabeça de cobra em metal que lhe saia da boca e ia até ao nível do nariz. Nas costas trazia muitos ganchos que lhe perdurava a pele, dezenas. Quando se levantavam, comportavam-se como se estivessem numa espécie de transe.
Vários homens jovens passarem pelo mesmo ritual. Os que traziam ganchos nas costas, tinham fios a sair dos ganchos e ia alguém atrás deles a segurar, enquanto eles puxavam. Ou então, eram pendurados no ar, pelos ganchos.
Enquanto tudo isto decorria, eu estava com um nó no estômago. Tudo me parecia muito cruel e não sabia o significado do que estava a acontecer. Seria um rito de passagem para a idade adulta?
Pediam-me que tirasse fotos. A eles e com eles.
Foram todos em procissão, adultos, mulheres e homens, crianças e bebés, todos a assistir, a cantar e a tocar tambores. Convidaram-nos a ir com eles até ao tempo e depois a almoçar com eles. Não fomos. Para ser sincera, inventei uma desculpa.
Parecia que tinha estado num episódio do National Geographic.

Depois de fazer uma pesquisa descobri que, este ritual era dedicado ao deus da guerra.

Estas são apenas duas das fotos que tirei. Das que se podem postar.

Esta criança olhava para o homem que vinha pendurado pelos ganchos nas costas.

Este senhor pediu-me para tirar uma selfie com ele.

*Todas as fotos foram tiradas com consentimento

Celebrações de ano novo

Ano novo no Skyline residencies.

Todos se juntaram para celebrar. Houve bastante comida, jogos, para adultos e crianças, karaoke e isto....

domingo, 15 de abril de 2018

De rir

Fomos dar formação a estudantes de medicina de uma universidade cá de perto. Normalmente levamos e trazemos os nossos manequins. No outro dia deixamos ficar o manequim por que sabíamos que tínhamos que voltar a dar formação na mesma semana. O que não planeamos bem foi que trouxemos a caixa vazia. Quando fomos para dar formação a segunda vez, tínhamos que trazer o manequim embora, mas não tínhamos a caixa connosco.
Resultado
Eu a carregar um destes, do meu tamanho e vestido com roupa semelhante.
Enquanto esperávamos um táxi, fomos rodeados de senhoras idosas a olhar para nós, para os manequins, aproximavam- se e sorriam.
Eu tentando demonstrar que o boneco era de plástico e não uma pessoa morta ou inconsciente, puxava-lhe o plástico da cara. Mas eu fazia isto e olhava para elas, a ver se percebiam, mas elas continuavam a sorrir. 
A dúvida ainda continua hoje por que seria a razão de elas olharem para nós daquela forma. 
-Se por sermos brancos (o que acontece bastante)
-Se por transportarmos um boneco gigante
-Se pensavam que era uma pessoa verdadeira

Olha ali um branco



Já vos tinha contado que quando fomos a Adams Peak pareciamos também ser uma das atrações. Todos queriam tirar selfies connosco. Desde então, isso continua acontecer, sempre que vamos ao campo ou à montanha. Este fim de semana estamos em Lindula, na terra montanhosa das plantações de chá. Uma área relativamente remota. Por cá as muitas pessoas vivem das plantações do chá, a apanhar folhas, a trabalhar nas fábricas do chá. Fomos dar umas caminhadas a pé e várias pessoas falaram connosco, em inglês, pedindo-nos para tirar uma selfie com eles. Outros passam de tuk tuk, apitam e acenam. As crianças que estão no campo a jogar cricket também acenam e chamam-nos para jogar com eles. Outros utilizam o microfone da freguesia que está a tocar música alta para celebrar o ano novo Tamil e Cingalês, para nos chamarem. Os mais velhos vão buscar as crianças dentro de casa para nos verem. E ouve-se "white", em inglês e Cingalês. Pensando bem, ainda há lugares em Portugal quando se vê alguèm de cor todos vão a janela.


domingo, 8 de abril de 2018

O trânsito

Eu já sabia que o transito por cá era dificil. Já quando fui a Tailândia, o sistema era parecido. Eu é que nunca percebi muito bem que regras existiam, ou mesmo se existiam regras. Até agora, consegui perceber o seguinte: Por cá o sinal de semáforo vermelho e o stop são para parar, quase sempre. Uma estrada com duas vias, não tem necessariamente duas filas de carros, mas tantas quantas couberem na estrada. Uma linha continua é só uma linha desenhada na estrada. Para ultrapassar, não interessa muito se vêem carros de frente, desde que eles te vejam a fazer a manobra, podem sempre desviar-se para a valeta. O sinal de pisca, ainda não sei muito bem para que serve, por que por cá, antes de ultrapassar, apita-se, para dar sinal que se vai fazer uma manobra, e o outro condutor, apita de volta a dizer que está bem ou que não está. A buzina serve para quando se está parado num sinal vermelho, dizer aos outros condutores, 'quando ficar verde avança', e então toda a gente apita. Na hora de ponta, os semáforos mudam para intermitente laranja e um policia vai para o meio da estrada dar instruções ao transito (numa temperatura de cerca de 35C). As passadeiras não te dão prioridade de passar na estrada, a melhor forma que consegui arranjar de passar a estrada foi, por a mão no ar, e avançar lentamente até que o trânsito pare, isto claro, na passadeira.

Adam’s peak, uma experiência a não esquecer



Fomos a Adams peak, um dos pontos mais altos do Sri Lanka. 5500 degraus de escadas todas de tamanhos e alturas diferentes para chegar ao topo e ver a pegada de Buda e a vista fantástica. É um lugar e peregrinação pela sua pegada que se pode ver no topo. Diferentes religiões têm uma crença diferente sobre a origem da pegada. Mas também é um local turístico.  Dizem que o nascer do sol visto do topo é bonito. Mas nós achamos que todos se iam levantar cedo para ver o por do sol, então decidimos acordar mãos tarde, às 5. 2h e um pouco de caminho e começamos a subida às 8. Apanhamos a hora de maior calor como é obvio, mas evitamos as centenas, senão milhares de pessoas que vinham a descer. Depois de investigar, descobrimos que alguns dos que vinham a descer tinham começado a subida as 21h do dia anterior! Vá, às 12 estávamos no cimo. O céu estava nublado. Nem sol nem pegada vi. Tivemos que ficar em fila quando já estavamos quase no cimo e quando lá cheguei estava com uma fome que me sentei a comer. E depois so queria voltar a descer. Eu já sabia que a descida seria mais custosa que a subida, e foi, os meus pobres joelhihos a descer 5500 escadas. O que também não esperava era que eu fosse ser parte da atração, várias pessoas me pediram para tirar uma selfie, não a eles, mas com eles.

Ir às compras, simples! ou não!

Ir às compras. Simples. Algo que todos fazemos e estamos habituados.
Mas por cá eu tenho tido alguma dificuldade. Não em lá chegar mas em saber o que comprar. Por um lado não sei o que muitas das coisas são.


E as coisas que conheço, são normalmente muito mais caras. E por outro lado não sei o que fazer com elas por que a maior parte dos ingredientes nunca os provei.. nem nunca os vi.

Esta foi uma das primeiras coisas que cozinhei.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Como seria o tempo dos navegadores

Fui fazer um passeio de barco para ver baleias. Baleias vi duas, bastante, mas golfinhos vi bastantes. Vi também bastantes barcos de pescadores, uns pequenos, outros maiores. O nosso barco era grandito, mas a ondulação do mar fazia com que o barco mexesse bastante. Fez-me pensar em como teria sido na altura dos descobrimentos. As dificuldades que deveriam ter tido. A falta de comida e água para beber. As doenças sem tratamento. Tudo em busca do desconhecido. Tudo há cerca de 500 anos atrás exactamente por este mar que se vê na fotografia

Um Sri Lanka com influência portuguesa

Os FErnandes, Mendis, Fonseka, de Silva, Perera, Mirando Música baila parecida com música pimba Sapato, camisa, armário Estas são algumas das palavras usadas por cá que resultaram da influência portuguesa de há 500 anos atrás. Afinal não fomos só à India

Estava bem mas é calada

Até agora a maior parte dos meus colegas de trabalho tiveram gastroenterite pelo menos uma vez. Esta semana eu disse: "Eu tenho tido...