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Estou a trabalhar em Inglaterra à 2 meses.

É bom ter um emprego a tempo inteiro naquilo para o qual estudei durante 4 anos.

É bom darem-nos oportunidade de trabalhar naquilo que gostamos.

É bom ser independente, conhecer novas culturas, diferentes formas de viver, novos locais, pessoas diferentes.

Mas também é bom regressar a casa e sentir o cheirinho de Portugal, rever o nosso mar, o nosso rio, a nossa casa. Porque vá onde for, esta vai ser sempre a minha casa, por mais longe que esteja, e por mais que goste de lá estar.

Já somos mais que as mães

Vou eu ao hospital público, e não é que ouço um jovem falar português. Ora eu, como não tenho vergonha na cara:
- Olá... vinha a passar e ouvi falar português.

E não é que era um enfermeiro acabadinho de chegar. E parece que estão para chegar perto de uma dúzia :)

Paradoxo

Por um lado tudo é "lovely" e "superb", toda a gente é "sweetheart" e "darling".

mas

Quando vai alguém a atravessar a estrada numa passadeira (não bastava já, elas serem escassas) a conversa já é outra "deixa-me mas é acelerar a ver se mato esta jovem".

Tenho duas hipóteses: ou corro, ou... (a segunda não sei ainda muito bem qual é, porque eu corro sempre, não ousei ainda experimentar uma segunda hipótese..lol)

Pilates

Segundo a instrutora lá do ginásio, as aulas de pilates são boas para fortalecer os meus joelhos. (Sim porque mais tarde ou mais cedo serei uma forte candidata a próteses do joelho).

Lá vou eu, concluir que pilates consiste em adoptar posições desconfortáveis e aguentá-las até que a instrutora conte até 100.
Resultado: dores musculares durante uma semana.

Fora as dores musculares e o adiar das minhas próteses dos joelhos até acho que Pilates tem ainda uma outra vantagem. Ora vejam só se não era muito mais fácil estudarmos anatomia depois de uma aula de pilates.
Seria um programa eficaz, uma vez que, ficando os músculos sensíveis por alguns dias (quero dizer, extremamente dolorosos), seria bastante mais fácil localiza-los no próprio corpo (bastando um simples toque com o nosso dedo indicador para o dito cujo se manifestar).

Coincidências

(Entramos no quarto da utente)

(...)

- This is one of our new portuguese nurses...
- Olá como estás?

(Eu)
- B-bem...obrigada...!

Que estranho qu foi ver alguém além da J. e do M. falar português nesta terrinha...

E não é que me foi calhar uma utente que sabia falar português, era casada com um português, e ainda me disse alguns sítios cá perto onde posso comprar bacalhau (seco), pedir um café ou uma cerveja em português :)